“No RS, há uma circunstância potencialmente desastrosa: seca e Coronavírus ao mesmo tempo”, alerta o deputado

Brasília – Mais de 150 municípios gaúchos já decretaram estado de emergência por conta da estiagem. A agricultura, especialmente a familiar, é a atividade mais atingida, “mas o governo federal não faz nada”, denuncia o deputado Elvino Bohn Gass (PT/RS). Depois de ter participado de duas reuniões sobre a estiagem com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sem que nenhuma medida concreta tenha sido anunciada, o deputado sentencia: “A conta do prejuízo deve ser apresentada a Bolsonaro.”

Na pauta de reivindicações levada ao governo federal, agricultores pedem recursos emergenciais para garantir novas safras e abertura de renegociação ou perdão de dívidas contraídas pelos produtores em instituições financeiras. “É preciso dar condições mínimas para que o agricultor continua sua atividade. É preciso ampliar o seguro. É preciso viabilizar financiamentos. Isso exige aporte imediato de recursos. O governo sabe disso, mas o Ministério da Agricultura não tem autonomia, quem manda é o Paulo Guedes. E ele só fala em cortar, cortar e cortar.”

ÁGUA, COMIDA E CORONAVÍRUS – Segundo Bohn Gass, já são muitos os casos de famílias que perderam até metade de suas produções. “Estamos falando de alimentos essenciais como arroz, feijão, hortaliças e frutas. E, também, da pecuária e do leite.” Para Bohn Gass, as perdas se avolumam a cada dia e as consequências serão dramáticas para o consumidor: falta de oferta e aumento de preços.

Em tempos de Coronavírus, a principal recomendação dos especialistas é para que as pessoas lavem bem as mãos. “Mas algumas famílias já não contam nem com água potável para beber. Ou seja, o povo gaúcho vive um momento potencialmente desastroso com a presença do Coronavírus e a seca ao mesmo tempo ”, alerta Bohn Gass.

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