Vice-líder do governo no Congresso, o deputado Bohn Gass (PT-RS) rebateu as críticas da oposição ao decreto presidencial que aumentou alíquotas do IOF. Em entrevista ao Painel Eletrônico (27/5), o parlamentar disse que se trata de “uma tempestade em copo d’água”, porque as alterações, segundo ele, atingem aquelas camadas que mais fazem movimentações financeiras no país e não a maioria da população.

O governo anunciou o decreto (12.466/25) juntamente com o congelamento de despesas de R$ 31,3 bilhões no Orçamento, com o objetivo de reforçar o caixa e cumprir as metas fiscais. As mudanças no IOF, em linhas gerais, mexem com compra de moeda estrangeira e gastos no cartão de crédito no exterior, com crédito para empresas e com planos de previdência privada do tipo VGBL. As alterações também envolviam remessas de fundos nacionais para o exterior, mas foram revogadas pelo governo nesse ponto após repercussão negativa. A expectativa é que as medidas gerem neste ano quase R$ 20 bilhões a mais de arrecadação.

As alegações do governo, no entanto, não convenceram a oposição, que apresentou projetos de decreto legislativo para derrubar as alterações no IOF.

Segundo Bohn Gass, as medidas anunciadas pelo governo atendem às regras de ajuste fiscal, aprovadas inclusive pela oposição. Além disso, o líder do governo discorda do argumento de que haveria gastos excessivos ou desperdício nas contas públicas federais. Na avaliação de Bohn Gass, as políticas públicas feitas pelo governo visam à redução da pobreza, ao aumento do número de brasileiros isentos de Imposto de Renda, ao financiamento do SUS e ao crescimento econômico do país.

Ele destacou, além disso, que renúncias fiscais aprovadas pelos parlamentares, como a continuidade de medidas de desoneração da folha de pagamento de alguns setores da economia, exigiram do governo a compensação pelas perdas de arrecadação. Para Bohn Gass, não é o aumento do IOF que prejudica o setor produtivo, mas a manutenção de altas taxas de juros.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

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