Alguns países têm implementado ou testado a redução da jornada de trabalho. Em todos eles, os resultados são satisfatórios para os trabalhadores e para as empresas.
No Brasil, apesar de o aumento de produtividade ser uma tônica no discurso empresarial, reduzir a jornada de trabalho continua sendo um tabu. Mas, talvez seja a hora de tratar este tema não “coisa da esquerda”, mas como uma alternativa que vem sendo testada – e aprovada – pelos defensores do capitalismo.
Algumas experiências mundiais devem ser observadas:
No Japão, a Microsoft testou uma semana de trabalho mais curta em 2019, resultando em um aumento de 40% na produtividade. O governo japonês tem incentivado essa prática;
Na Islândia, após um projeto piloto que reduziu a jornada semanal de 40 para 36 horas, sem perda salarial, aumentou a produtividade e levou a uma negociação contínua por jornadas mais curtas;
No Reino Unido, desde 2022, empresas britânicas têm testado a semana de quatro dias. Um estudo com 61 empresas revelou que 92% delas decidiram manter a jornada reduzida destacando melhorias na saúde mental e redução do estresse de quem trabalha;
Na Bélgica, desde fevereiro de 2022, os trabalhadores podem optar por cumprir suas 38 horas semanais em quatro dias. Houve entendimento de que essa flexibilidade torna o mercado de trabalho mais dinâmico e facilita o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
E na Espanha, um programa piloto foi anunciado para permitir que empresas adotem a semana de quatro dias com remuneração integral. A iniciativa envolve cerca de 6.000 funcionários e busca melhorar o equilíbrio entre trabalho e lazer;
Na Nova Zelândia, um projeto da Unilever entre dezembro de 2020 e junho de 2022 mostrou que 67% dos funcionários experimentaram um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, com uma redução significativa no estresse.
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