O deputado Bohn Gass (PT/RS) defendeu, esta semana (9) na Câmara Federal, a aprovação de um projeto de lei que protegia culturas agrícolas como a uva, contra a deriva (quando o veneno aplicado numa lavoura, se espalha para outras culturas) do agrotóxico 2,4-D.
“Mesmo que a Anvisa já tenha regulamentações sobre o 2,4-D, o problema persiste e atinge vinícolas, pomares, hortas e lavouras de tabaco, erva-mate e arroz, gerando grandes perdas de produção. O projeto original era bom porque exigia que os governos tomassem medidas para impedir a deriva, mas o relator rejeitou e, então, fiz meu voto separado defendendo a aprovação”, explica Bohn Gass.
O deputado do PT diz que mais de 20 entidades, entre elas a Federação das Cooperativas Vinícolas (Fecovinho-RS), a Frente Parlamentar em defesa da Vitivinicultura da Assembleia Legislativa do RS, a Associação Gaúcha de Produtores de Maçã (Agapomi), a Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha, a Emater/RS, a Embrapa Uva e Vinho e a FETAG/RS, o procuraram para pedir apoio ao projeto.
“Houve um movimento no Rio Grande do Sul em torno deste projeto porque ele ataca um problema gravíssimo que é a deriva de um veneno fortíssimo aplicado na soja, para culturas mais sensíveis, como a uva. Na Campanha, por exemplo, houve casos em que a deriva gerou a perda de até 40% da produção de uva. Infelizmente, o relator não compreendeu a importância e rejeitou a proposta. Fiz voto separado para marcar minha posição e a dessas entidades. O 2,4-D é um perigo e o ideal seria seu banimento, não sua proteção, como acabou acontecendo com a rejeição do projeto”, detalha Bohn Gass.
TRÊS DEPUTADOS GAÚCHOS – Curiosamente, o trâmite deste projeto envolve, além de Bohn Gass (PT), outros dois deputados gaúchos: o autor, Bibo Nunes (PL) e Alceu Moreira (MDB), relator. “Quando se trata de proteger as pessoas e o meio ambiente, não importa quem é o autor, serei sempre favorável”, diz Bohn Gass.
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