“Redução adotada por Bolsonaro é socialmente cruel e economicamente burra”, diz o deputado
Aumentar o salário mínimo para R$ 1062,00 é o que pretende a emenda apresentada pelo deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS) à Medida Provisória do governo Bolsonaro que definiu o valor em R$ 1045,00 no último dia 20 de janeiro. A MP está sob análise na Câmara dos Deputados e, segundo Bohn Gass, deve ser alterada para que se faça justiça com os trabalhadores e aposentados brasileiros. Conforme o deputado, o valor definido pelo governo não levou em conta dois fatores: 1) o crescimento de 1,1% do Produto Interno Bruto do Brasil em 2018; 2) a compensação do reajuste a menor, decretado por Bolsonaro no começo de 2019.
“Significa que Bolsonaro está roubando dos trabalhadores o direito de participar do aumento da riqueza do país. Se houve crescimento, mesmo que ínfimo, o resultado deveria ser compartilhado”.
A emenda do petista retoma a política de valorização do salário mínimo dos governos de Lula e Dilma, quando havia ganho real (acima da inflação) para os trabalhadores. “Reduzir o mínimo, como Bolsonaro vem fazendo, é socialmente cruel e economicamente burro. O salário mínimo incrementa a economia e a arrecadação tributária. Este é um valor gasto no consumo direto das famílias. E os dados oficiais desmentem a tese da equipe econômica de Paulo Guedes, de que aumento do mínimo geraria desemprego. O que gera desemprego e informalidade são as políticas recessivas, de arrocho, que eles estão adotando agora”.
Por conta dessas políticas, o deputado afirma que, de 2018 até agora, cada assalariado brasileiro já contabiliza uma perda de R$ 17,00/mês. Segundo o Dieese para cada R$ 1,00 a mais no salário mínimo são R$ 620 milhões a mais de incremento na economia. “Com esses R$ 17,00 a mais no bolso de cada trabalhador, seriam injetados na economia brasileira mais R$ 10,5 bilhões. E esse é um valor fundamental para os pequenos e médios municípios, pois quem ganha salário mínimo consome localmente. São mercados, padarias, cabeleireiro, barbeiro, loja de roupa, vendendo mais e fazendo a economia girar”, finaliza Bohn Gass.
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