Chegou a hora de esclarecer definitivamente a sucessão de crimes cometidos por Jair Bolsonaro na condução da política de combate à pandemia de Covid-19 no país. Por omissão, irresponsabilidade, negacionismo e preconceito ideológico do capitão-presidente e de seu governo, o Brasil tornou-se campeão mundial de mortes diárias pelo novo coronavírus, já superando 365 mil vítimas fatais.
Sua responsabilização deve fi-car clara, com a CPI da Covid no Senado e,se possível, com outra na Câmara dos Deputados. A oposição – PT, PCdoB, PSB, PSOL, Rede, PDT e Cidadania – está em articulação para criar a segunda CPI.
Há muitas e estarrecedoras dú-vidas a esclarer, como a possível ação deliberada de Bolsonaro para deixar a doença se espalhar em nome de uma suposta “imuniza-ção de rebanho”, levando o Brasil ao caos sanitário atual. Ou o real motivo de sua defesa ferrenha de medicamentos sem eficácia con-tra o novo coronavírus, como um vermífugo e a cloroquina, produto que as Forças Armadas produziram e fizeram estoque para durar décadas, gastando milhões do dinheiro público.
É inadmissível o Brasil não ter hoje vacinas contra o coronavírus para imunizar maciçamente toda a população. Por puro e simples negacionismo de Bolsonaro, que no ano passado tachou de “gripezinha” a Covid-19,o plano nacional de imunização está além do que deveria estar, levando à saturação do sistema de saúde e ao número macabro de mortes. A CPI vai investigar por que somos o 75º país mais atrasado no mundo em número de vacinas aplicadas para cada 100 habitantes.
O Brasil, com a irresponsável conduta do atual presidente e de seus ministros, ficou sem acesso a milhões de vacinas, se no ano passado não estivesse intoxicado pelo preconceito ideológico e, por conta disso, negligenciado a tragédia, inclusive com provocações a parceiros estra-tégicos produtores do imunizante.
Faltaram (ainda faltam) insumos, oxigênio, não houve política para evitar aglomeração de pessoas e Bolsonaro adotou (ainda adota) atitudes contrárias às medidas imple-mentadas por estados e municípios para conter a Covid-19 e evitar as mortes. Pior, ainda tenta livrar-se da responsabilidade pela tragédia que próprio fomentou, jogando a culpa sobre governadores e prefeitos.
Além das CPIs, já passa da hora de se ter iniciado o processo de impeachment de Bolsonaro. Os partidos de oposição, com dife-rentes movimentos sociais, sindi-cais e entidades da sociedade civil, articulam para unificar as mais de cem propostas de impeachment do militar-presidente. O Brasil não aguenta mais! É preciso interdi-tar esse governo genocida. Não podemos perder mais tempo e, sobretudo, vidas. A única solução para o País é ter um governo comprometido com a vida, a geração de empregos e renda, o meio am-biente e a soberania nacional.
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