Elvino Bohn Gass (*)
Mais uma façanha do governo genocida Jair Bolsonaro: a fome e a miséria voltaram ao Brasil com toda a força. Já são 80 milhões de brasileiros na pobreza e na miséria e 120 milhões de subalimentados, o que levou o Brasil de novo ao Mapa Mundial da Fome, do qual tinha saído com os governo Lula e Dilma.
O ultraliberalismo do atual governo- que privilegia bancos, o capital estrangeiro e milionários – provoca sofrimento profundo na vida da população brasileira. Hoje, 44% da população já não está comendo carne e 41% eliminou as frutas do cardápio por falta de dinheiro.
Querem culpar a pandemia, mas a verdade é que a chegada da fome e da miséria começou com o golpe de 2016 e foi aprofundada com este governo, com a visão de que “o mercado resolve tudo”. Resolve sim, mas a seu favor, para explodir a margem de lucro e aumentar os preços absurdamente enquanto se cortam todos os direitos sociais e econômicos do povo.
Sob a negligência de Bolsonaro e de seu ministro pinochetista da Economia, Paulo Guedes, o desemprego bate recordes (14,7% no 1º trimestre de 2021) e já atinge 14,8 milhões de pessoas. Entre as mulheres, este índice é ainda pior: 17,9%. Some-se o número de desalentados ou subempregados, e se terá um contingente de dezenas de milhões sem renda mínima. A conseqüência disso é a fome.
Com Lula e Dilma, o Brasil saiu do Mapa da Fome com a implementação de políticas públicas que tornaram o país referência mundial em termos de justiça social. Havia ações pontuais, mas tudo como parte de um projeto maior que tirou 40 milhões de brasileiros da linha da pobreza, para onde agora voltam, junto com o empobrecimento geral da classe média.
O governo militar de Bolsonaro despreza a vida não apenas no genocídio em curso com a negligência em relação ao combate à pandemia de Covid-19, mas também nas decisões econômicas como o abandono da política de valorização do salário mínimo que era adotada por Lula e Dilma. Desde o golpe, o mínimo passou a ser reajustado apenas pela inflação. Importante lembrar: o salário mínimo impacta toda a economia, estimulando o comércio, a indústria, a geração de empregos – a vida , portanto.
O Brasil só terá futuro com um governo que defenda os interesses nacionais, o meio ambiente e a geração de emprego e renda com justiça social. A crise econômica e social é gerada hoje no Palácio do Planalto, com um governo elitista, antipopular e antinacional cuja meta central é destruir todas as conquistas civilizatórias do povo brasileiro, inclusive as trabalhistas e previdenciárias. Enquanto não mudarmos o governo, a saída é voltar o auxílio emergencial de R$ 600,00, incluindo os 30 milhões de pessoas que o governo retirou do benefício. E vacina já para todo o povo!
*Deputado federal (PT-RS) e líder do partido na Câmara
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