Sete de Setembro é a data em que os brasileiros deveriam comemorar a independência formal do país, mas neste ano paira um espectro de incertezas, apreensão e violência. Isso, por conta da turbulência fomentada pelo neofascista Jair Bolsonaro com claros fins políticos e ideológicos. Com a popularidade ladeira abaixo, o País à deriva e investigações sobre corrupção chegando cada vez mais perto dele e de sua família, o presidente apela a demagogias e mentiras na tentativa de reunir a boiada em apoio a seu projeto que está destruindo o Brasil em todos os campos.
Ameaça com um golpe, mas este já ocorreu em 2016. O golpe abriu caminho para a ascensão de Bolsonaro, cujo projeto é danoso aos interesses nacionais e populares. É uma farsa a fala do ex-capitão em torno de independência e dos símbolos nacionais, que pertencem a todo o povo brasileiro, não exclusivamente ao segmento fascista. Bolsonaro, ao contrário, dilapida nossos símbolos nacionais.
A simbologia da bandeira nacional tem sido destruída pelo atual governo. O verde das matas e o amarelo do nosso ouro [minérios] é suprimido por ações de bandoleiros e garimpeiros ilegais apoiados por Bolsonaro, com invasão de terras indígenas, destruição criminosa de matas, grilagem de terras, corte de árvores seculares. O branco da paz cede lugar a massacres diários, mortes, sacrifícios impostos ao povo que enfrenta de novo a fome e a miséria. O azul ficou enfumaçado por queimadas descontroladas feitas sob a omissão governamental.
A independência é sinônimo de liberdade e soberania. A do Brasil, é uma luta diária, como fizeram os governos do PT, de 2003 até o golpe de 2016. Hoje, a soberania vem sendo solapada com a venda de empresas estatais e riquezas nacionais a grupo estrangeiros e um projeto neoliberal de vassalagem perante o grande capital multinacional. O pré-sal, que seria uma forma de garantir o desenvolvimento econômico, social e educacional do País, foi entregue às grandes petrolíferas do exterior, já nos primeiros meses do golpe.
Os dados dos dois anos e 8 meses desse governo são assustadores. Quase 600 mil pessoas mortas pela Covíd-19, em razão do desprezo de Bolsonaro às vacinas e medidas de prevenção. Os preços dos alimentos, dos combustíveis e da luz dispararam. O Brasil tem mais de 60 milhões de brasileiros desempregados, subocupados e desalentados. Direitos econômicos, sociais e previdenciários do povo continuam sendo roubados.
O que comemorar em 7 de setembro com um presidente que despreza a vida, o povo, e recomenda comprar fuzil em lugar de feijão? Um presidente que desdenha da dor dos que perderam entes queridos para a Covid, humilha os que passam fome.
A população brasileira quer paz, com comida à mesa, empregos, liberdade, renda e condições de educar seus filhos com tranquilidade e um mínimo de previsibilidade com um governo que pense nos interesses coletivos, respeito às instituições e à democracia. O 7 de setembro das forças progressistas e democráticas é de luta contra os retrocessos e em defesa da Educação Pública, do SUS, das riquezas nacionais, das empresas estatais estratégicas, do meio ambiente, dos povos indígenas, da agricultura familiar, da solidariedade, da liberdade e da democracia. Em defesa da soberania nacional e contra a submissão do Brasil a interesses estrangeiros e ao neocolonialismo.
A data suscita reflexão sobre que país que temos e o que queremos. A verdadeira independência ainda não foi conquistada.
Neste 7 de setembro, o Grito dos Excluídos, em sua 27º edição, tem que ter garantida sua expressão nas ruas, mesmo diante das ameaças do bolsonarismo. A luta dos trabalhadores por direitos no País é vital para denunciar os desmandos do desgoverno Bolsonaro, um preposto de interesses antinacionais que já bateu continência para a bandeira dos EUA.
O caminho para o Brasil ser mais feliz e trilhar o rumo do desenvolvimento econômico e social justo, fraterno e solidário, com respeito à soberania nacional, nós já conhecemos. Chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Fora, Bolsonaro!
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