O deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS) que participou ativamente do 10º Grito de Alerta no último dia 16 de fevereiro no município de Ijuí, diz que a mobilização de trabalhadores e trabalhadoras rurais obrigou os governos Leite e Bolsonaro a prometerem medidas para socorrer as famílias atingidas pela seca. “Mesmo que de forma ainda muito insatisfatória, algumas medidas começaram a ser anunciadas. Significa que nosso grito foi ouvido. Agora, vamos continuar mobilizados para exigir o cumprimento das promessas e fazer Leite e Bolsonaro entenderem que é preciso mais”, disse o deputado.

O Grito de Alerta da FETAG-RS levou mais de seis mil homens e mulheres do campo às ruas de Ijuí. No mesmo dia, em Porto Alegre, outras milhares de pessoas ligadas à entidades como FETRAF, MST, MAB, UNICAFES, CONSEA E CUT realizaram manifestações em frente à Secretaria Estadual de Agricultura, também exigindo que o governo Leite parasse de fingir que não via a tragédia da seca e passasse a tomar medidas concretas.

Para Bohn Gass, se as promessas do governo federal – de retomar as contratações do Pronaf com rebate de 20%, garantir abastecimento de milho balcão nos armazéns da Conab, cesta básica e custeio para caminhões pipa – e do governo estadual – de destinar 290 milhões de reais aos atingidos pela seca – não forem implementadas imediatamente, “o povo rural vai voltar às ruas”. O deputado destaca, ainda, que a situação é mais dramática do que a mídia tradicional tem apresentado. “O Rio Grande tem 497 municípios e mais de 400 já decretaram calamidade por falta de água. Não temos imagens de enxurrada, que causam impacto imediato das pessoas, mas quem vê lavouras inteiras perdidas, animais emagrecendo e as famílias sem água, sabe que aqui também está ocorrendo uma tragédia que precisa ser enfrentada pelos governos.”

Compartilhe

No responses yet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *