“Medida só reafirma incompetência econômica e descompromisso de Bolsonaro com o meio ambiente”, diz o deputado
O deputado federal reeleito, Elvino Bohn Gass (PT/RS) vai levar ao presidente Lula e à Equipe de Transição, pedido para que seja revogada, já nos primeiros dias de 2023, a resolução do Conselho Nacional de Política Energética do governo Bolsonaro de manter em 10% a adição de biodiesel no óleo diesel.
“É um atraso! Já deveríamos estar adicionando 13%, mas o governo Bolsonaro travou essa evolução. Em 2023, queremos chegar a 15%. Decidir que o percentual menor vale até março, o atual governo tenta interferir na gestão de Lula, mas vamos lutar pela revogação. Essa medida atinge em cheio a cadeia produtiva do biocombustível e só comprova que Bolsonaro não entende nada, nem de economia, nem de meio ambiente”.
Bohn Gass refere-se a duas decisões tomadas pelo governo Bolsonaro: a primeira, em 2021 quando, sob o argumento de que a adição elevaria o preço do diesel, a política foi bloqueada; e a segunda, agora, com a decisão do Conselho Nacional de Política Energética de Bolsonaro de manter em apenas 10% o percentual de biodiesel adicionado ao diesel vendido ao consumidor.
O deputado lembra que a política de biodiesel foi criada em 2005, no primeiro governo Lula. “Foi mais uma ação acertada do governo do PT. O biodiesel reduz a poluição, gera industrialização e renda para o produtor. Não compreender isso é sinal de ignorância.”
A política previa adição de 2% de 2005 a 2012, 5% a partir de 2013 e, iria aumentando paulatinamente. Para Bohn Gass, este é mais um exemplo de falta de capacidade da gestão bolsonarista. “Sem políticas públicas que favorecessem o setor de biodiesel, eles preferiram simplesmente aniquilar a produção, comprometeram uma cadeia inteira e atrasaram a evolução ambiental. Tudo para manter uma política de preços de combustíveis em que os únicos beneficiados são os acionistas da Petrobras. Mas o povo salvou o Brasil ao eleger Lula e retirar esses incompetentes do poder”.
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