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Deputado diz que Congresso não pode apoiar  o “presidente da fome”

Para o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS), o veto de Bolsonaro a 12 dos 17 artigos do PL 735 –  que estabelece um conjunto de medidas emergenciais para a agricultura familiar – é a prova definitiva de que, para este governo, os homens e mulheres que produzem comida não têm importância, não são prioridade.

 “Os vetos são criminosos porque não reconhecem as profundas dificuldades que uma atividade essencial como a agricultura familiar está enfrentando. Ao negar ajuda do governo, Bolsonaro deixa milhares de famílias rurais expostas à miséria sem considerar que, por isso, a produção de comida no país pode sofrer um colapso”, diz Bohn Gass.

O projeto prevê, entre outras medidas, acesso a cinco parcelas de R$ 600,00 para agricultores familiares, permite a prorrogação de dívidas, suspende cobranças e execuções judiciais durante a pandemia, cria uma linha de crédito emergencial do Pronaf (com valor de até 10 mil por família, com juro de 1% e 10 anos para pagar) e facilita o acesso aos serviços de assistência técnica e extensão rural. “Mas Bolsonaro despedaçou o projeto vetando tudo isso. Ele é o presidente da fome”, lamenta o deputado.

MOBILIZAÇÃO PARA DERRUBAR VETOS – O parlamentar relata que a aprovação do PL  735 no Congresso contou com votos da base bolsonarista. “Será necessária uma grande mobilização, do campo e da cidade, para que os governistas não mudem de posição e, assim, derrubem os vetos,” alerta o petista.

RS – Medidas emergenciais são, conforme Bohn Gass, especialmente necessárias para os agricultores gaúchos que, em plena pandemia, foram prejudicados por uma enorme seca e, depois, por enchentes.

Em recente fala na sessão virtual do Congresso, o deputado gaúcho fez um apelo candente pela derrubada dos vetos: “Gente, estamos falando do feijão, da batata, da cebola, das frutas, das hortaliças, das verduras que nos alimentam. E se famílias que produzem isso tudo não tiverem condições para continuar plantando, colhendo e vendendo, pode faltar comida. O pouco que houver, ficará ainda mais caro. Ou seja, cada vez menos gente terá acesso aos alimentos e isso é uma tragédia que não podemos permitir que aconteça”.

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