Para deputado, pelo reflexo na economia, na agricultura e em outros setores, governo Leite deve se posicionar
A Petrobras está concluindo a venda da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. “Isto deve acender todos os alertas no Rio Grande do Sul, porque a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas, deve ser uma das próximas a serem liquidadas por Bolsonaro. E as consequências para o Estado serão trágicas”, diz o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS), Coordenador para a região Sul da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Petrobras. Segundo ele, se não houver uma forte reação por parte das forças políticas gaúchas, especialmente do governador Eduardo Leite, o povo gaúcho será submetido a um monopólio privado que vai jogar o preço dos combustíveis nas alturas, sem que não haja mais nada a fazer.
“Agricultores e caminhoneiros pagarão uma fortuna pelo diesel. Gasolina e gás de cozinha vão ficar ainda mais caros. A hora de reagir é agora, quando ainda temos a Petrobras, a chance de impedir que o governo Bolsonaro liquide a Refap e pressionar para que a política de preços dos combustíveis seja modificada. Se perdermos a nossa refinaria, o preço do diesel e dos demais combustíveis será decidido pelo comprador, provavelmente uma multinacional sem qualquer compromisso com o Estado”, alerta Bohn Gass.
ICMS, EMPREGOS E A OMISSÃO DE EDUARDO LEITE – Desde que a vendas de oito refinarias, que representam, juntas, 50% da área de refino da Petrobras, foi anunciada pela direção da empresa, o deputado vem se reunindo com entidades de petroleiros, estudiosos e outras autoridades e tem alertado que haverá enormes perdas para o Rio Grande do Sul. “Municípios vão perder muito em royalties e em ICMS. Cerca de dois mil empregos diretos e indiretos irão pelo ralo. Sem falar no risco de desabastecimento, que é real”, denuncia o parlamentar.
Bohn Gass reclama da omissão do governador Eduardo Leite, que até agora, não disse uma palavra sobre a possibilidade de venda da Refap. “Esperávamos que Leite liderasse a reação, afinal, as perdas para o Rio Grande do Sul serão enormes. Será que ele concorda com essa liquidação? Então, que venha a público expor suas razões. Do contrário, entrará para a história como o governador que permitiu o fim da Petrobras no Estado”.
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